segunda-feira, 12 de abril de 2010

POR QUE ESCRAVOS DA INFELICIDADE?

Hoje, durante o percurso do ônibus ouvi, sem querer, a conversa de duas amigas sobre os relacionamentos de milhões de pessoas que elas conheciam...e eu ouvia "....fulana ainda está com ciclano...não é mais aquele amor, mas está com ele..." e "...ele me pediu perdão de novo, mas você sabe, fica uns dias bem e depois faz de novo...mas vamos vivendo assim...a vida é assim"...e por aí ia, enquanto eu me equilibrava na instabilidade do ônibus (meninas...acho que aquelas aulas de circo deveriam ser pré-requisito para andar de ônibus nesta cidade...).

Eu comecei a refletir uma velha e conhecida reflexão...Por que ficamos na inércia em uma situação que não nos faz crescer, que não nos faz bem como seres humanos?...Por que aceitamos certas situações? Será que é excesso de amor ou falta de amor? Falta de amor por nós mesmos...????

Pode ser que uma sensação de que não haverá mais ninguém para nos amar bata na cabeça e aceitemos certas condições de vida, como se fôssemos escravos da infelicidade... Mas como podemos cogitar se alguém mais estará lá para nos amar se não podemos contar com a nossa própria presença??????

Entre este discurso lindo e a consciência de termos apoio em nós mesmos existe um tempo de experimentação e tomada de coragem para a libertação...e quando isto acontece, os resultados são surpreendentes...a gente se comove com as coisas, mas sente que não importa o que aconteça, tudo ficará bem, pois temos a nós mesmos...estamos ali para e por nós mesmos...

Às vezes amadurecer pode doer um pouco no começo, mas explorar novos ideais, querendo sempre o melhor para nós mesmos (e também para os outros) pode nos trazer uma alegria e paz recompensadoras e duradouras.

Um comentário:

  1. Acredito que seja falta de coragem. Falta de coragem para admitir para si mesmo que a relação acabou; falta de coragem para sair de uma situação ruim, mas cômoda e previsível, para outra sobre a qual não se terá tanto controle.

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